sábado, 9 de março de 2013

Meia Maratona de Paris




Domingo passado foi o dia da meia maratona de Paris. A cidade inteira parou para assistir mais de quinze mil atletas profissionais e amadores correrem pelos pontos turísticos mais cobiçados do mundo. O tempo colaborou, e fez o mais belo dia de sol possível. Os parisienses foram para rua incentivar os atletas, e todos aplaudiam e gritavam palavras de incentivo, inclusive "merde", que é uma palavra que aqui serve para muitas coisas, mas não imaginava que era também uma palavra de incentivo. Passava um atleta, e uma repeitável senhora gritava "meeeerrrrdeeee !". 


Comboio passa em frente ao Hôtel de Ville, e no fundo a torre de Notre Dame




Corredor-banana passa em frente ao carrossel da rue Rivoli

 Em cada esquina por onde o comboio de atletas passava havia uma banda completa tocando música populares, no estilo "charanga", tipo aquelas bandas que tocam em frente das lojas pernambucanas em dia de liquidação, com instrumentos de sopro, e todos fantasiados ridiculamente. O trânsito foi desviado, e mesmo sendo domingo todas as ruas de desvio ficaram um caos e com um buzinaço terrível, porque aqui o povo dirige com ódio, que nem feras enjauladas. Haviam corredores de todo o mundo, assim como cada corredor trouxe uma pequena comitiva de familiares e amigos, que ficavam em lugares estratégicos com água e toalinhas, ou simplesmente para dar um apoio moral mesmo, berrando o nome do corredor quando ele passava. Claro que foi uma festa nesta cidade repleta de atividades. Quando a corrida acabou, todos, turistas + corredores + parisienses + comitivas + imprensa provocaram uma superlotação nas ruas impressionante. Parecia o Saara no centro do Rio. E olha que eles chamam Paris no inverno de "la ville qui dort" - a cidade que dorme. Imaginem quando chegar o verão.




Uma das charangas, perto de onde moramos, num dos lugares onde passaria o comboio



 (Clique nas fotos se desejar ampliá-las)

2 comentários:

  1. Oi Fábio,
    adorei as variantes da palavra "merde"!
    Em Roma fiquei supresa quando ouvi várias pessoas dizerem "porco Dio, porca Madona" como se fosse vírgula. Acho que é a maneira que eles encontraram para aliviar um pouco tanta cerimônia e educação falsa que eles usam todos os dias, pois acredito que depois desses 2 meses e meio em Paris vocês já repararam que é um pouco forçada toda esse "educação e civilidade". Isso tem muito de desprezo e indiferença.
    Estou adorando seguir vocês no blog, continuem a mandar suas experiências, são muito bacanas e instrutivas, beijos,
    Marta.

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  2. Marta, na verdade o francês é muito mais aberto e relaxado do que a imagem que o mundo tem deles. Eles não fazem jus à fama de fechados que carregam. Realmente no trato profissional e comercial, etc, eles são muito formais e regrados, mas no dia a dia são simpáticos, à vontade e gentis, principalmente com brasileiros, que adoram. Merde aqui é uma palavra quase comum, todos soltam um merde normalmente, na televisão, rádio, etc. É palavra familier, mas não tem o peso que a tem no brasil. Bjs !!

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